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sexta-feira, 31 de julho de 2009

Grão-Mestre Moy Yat - Lider da Moy Yat Ving Tsun Kung Fu


Nascido Moy Yit Kai na aldeia Yau Gam, vila Duen Fan, no distrito de Toi Shan da província de Kwong Tung, esse homem de sete instrumentos também assinava Moy Yat, Ah yat, Moy Go Yan, Ngau Gwu Chai Chu e Bing Heong Tong Chu. Embora sua mãe, a sra. Moy Chan Bik Sheung, o tenha dado a luz a 27 de junho do ano tigrino de 1938, Moy Yat sempre preferiu anunciar seu aniversário natalício como 28 de junho, crente na auspiciosidade do número oito. Populacho, ao nascer, já tinha ele um irmão, Moy Yat Jun, e irmã, Moy Mo Cheng.


A perda do pai, o pintor Moy Chung Lan, ocorrida em sua meninice, deixou em dificuldades a sr. Moy, que se viu responsável pela criação do filho caçula sem a tão importante figura paterna.


Talvez seja possivel dizer que essa mesma perda tenha, também, feito germinar no espírito daquele jovem a semente do seu desejo de aprender Kung Fu.


Quatro anos após sua mudança para Hong Kong, em 1953, foi apresentado ao venerado chung si IP Man por Moy Bing Wah , quando teve a oportunidade de iniciar seu aprendizado de Ving Tsun Kuen, o que se deu no mo Kwun do Lee Uk Estate, um dos mais pobres e antigos conjuntos habitacionais da cidade, onde, além de não haver sequer condições básicas de saneamento, o espaço era enormemente restrito.


Como discípulo, pôde aprender a arte através do tradicional método de transmissão que , mais tarde, ele denominaria “vida Kung fu”, tendo tido a rara oportunidade de compartilhar, por cerca de 15 anos o dia-a-dia de seu Si Fu, a ponto de chegar a ser considerado por muitos o seu braço direito.


Tornou-se, aos 24 anos, na linha direta de descendencia da fundadora, o mais jovem dos Si Fu de Ving Tsun legitimamente reconhecido perante a tradição até aquele momento.


Sua carreira teve inicio em 1962,quando inaugurou o Ving Tsun Moy yat Kin Hok Yuen (instituto de saúde de Moy Yat do Ving Tsun), em Mong Kok, Kowloon. Em 1973, após o falecimento de seu Sifu no ano anterior, imigrou com a familia para Nova Iorque, onde fundou Mo Kwun em dois endereços: o primeiro, no Brooklin, a que intitulou Ding Lek Mo Kwun, inaugurado no ano que seguiu ao de sua chegada á cidade, em parceria com um colega, Si fu de Bak Hok Kuen, o outro teve inicio no ano de 1979, em chinatwon, primeiramente no 2°, e finalmente, no 6° andar de um mesmo prédio, onde ainda permanece.


Talves porque conduzisse o ensino segundo os moldes clássicos, com extrema discrição, muitos chegaram a crer que ele, de fato, não ensinava Ving Tsun. Obviamente, o elevadíssimo nível dos mestres formados sob sua tutela, dentre os quais não poucos estão as maiores autoridades vivas da arte, revela precisamente o contrário. A aparente negligência pedagógica nada mais era que apurada e sutil eficácia, manifestação disfarçada do mais alto grau de maestria, do qual se espera que os efeitos advenham, mas seu autor não seja a eles associado. è o que a melhor filosofia ilustra através de expressões como Kwong tak yuek bat juk ” a larga virtude parece insufuciente”, ou tai bak yeuk yuk, a “grande candura parece ultraje”.


Em 28 de junho de 1997, anunciando sua aposentadoria, por ocasião da festa de celebração de seus 60 anos, Moy yat desobrigou-se formalmente de seu cargo de Si Fu, certo de tê-lo bem cumprido, após 35 anos de aturada dedicação.


Afora ter permitido a continuidade do legado ancestral por mais gerações, tarefa que , agora, é continuada por seus discípulos, teve seu próprio nome identificado á mais alta qualidade de Ving Tsun : associar Moy Yat ao Ving Tsun é significar Ving Tsun puro.


Moy Yat também exercitou bastante sua veia de escritor. Levam sua assinatura os seguintes livros: Suen Hak Yip Tam ( dispersos sobre inscultura sigilar ), 108 Muk Yan Jong, Ngau Gwu Chai Yan Po ( catálago sigilografico do “Ngau Gwun Chai”, Ving Tsun Kuen Kuit, A legend of Kung fu Masters, Ving TsunTrilogy, Dummy - A tool for Kung fu e Luk Dim Poon Kwan.


Além dos livros, o Grão-Mestre foi, também, autor de vide-teipes, mormente sobre Ving Tsun. Iniciou sua obra com um vídeo produzido por Moy Tung, no ano de 1987: Stories of zen.


A ele, se seguiram algumas dezenas de outros, dos quais são exemplos: Ving Tsun essencial, Moy Yat’s World, We are from the red boat, The lock, etc.


O mo lan go sao deixou sua habilidade se espraiar tambem pelo campo das artes delicadas. Nele, não teve formalmente professor algum, tendo se consagrado como auto-didata. Seus principais trabalhos estão nas áres da pintura, da caligrafia e da inscultura Sigilar.


Organizou, em 1974, o Mei Tung Su Wa Wui (associação de Pintura e Calirafia do Leste Americano), onde ensinou Inscultura Sigilar. No ramo artístico, veio a atuar, ainda, junto ao The Museum of Natural History e a academy of chinese arts, ambas as instituições sediadas na cidade de Nova Iorque.


Seu brilhantismo na pintura pode ser visto através de uma de suas criações, os bem conhecidos Blush Strokes, imagens monocromáticas abstratas de traços simples e cunho erótico.


A obra não encontra precedentes na arte chinesa, na qual os temas recorrentes têm sido, há séculos, figuras humanas, motivos religiosos, paisagens, flores, animais, insetos e assim por diante.


Na inscultura Sigilar, se comprazia em explorar os diferentes materiais existentes e suas possibilidades de gravação. Buscando inovar, chegou a pôr brocas à prova na abertura de materiais de dificil talhe, como o marfim, o jade e o cristal. Além disso, aventurou-se a insculpir selos com caracteres ocidentais, a fim de permitir a apreciação da arte por um maior número de pessoas.


O polímata estudou ainda outras manifestações culturais de seu povo, tais como a ópera, a música, a poesia, a literatura, a medicina tradicional. Suas aptidões sempre foram amplamente reconhecidas por seus pares, que sempre lhe ressaltaram a genialidade e a versatilidade, inclusive postumamente. E, 2002, por exemplo, foi disposta, no Disciples Room do Ip Man Musem, na china, sua sucinta biografia bilingue(ingles/chinês), mencionado-o entre os principais seguidores do ultimo patriarca. Nela, foi dito possuidor de Ma Mo Seugn bing, “man e mo ambos pervasivos”. É pena que tal não registra o texto em inglês.


O dono desse opulento cérebro, que conseguiu ser especialista em tantos assuntos, distantes uns dos outros, e em todos com proficiência, seriedade e desvelo, deixou este mundo a 23 de janeiro de 2001 - o vigésimo nono dia duodécimo mês, os ultimos dias e mês, do ano do dragão - em sua prórpia residência, no Queens. O sepultamento ocoreu deze dias depois, no Kensico Cemetery, onde foi fincada a lápide até a qual vão remebrá-lo os seus, de tempos em tempos. Seu assento ficou vazio, mas seu legado perdura através dos livros que escreveu, dos quadros que pintou, dos selos que insculpiu, dos mestres que forjou e, acima de tudo, através do entusiasmo que instilou - e que ainda instila - em cada um dos que a sorte escolheu - e que ainda escolheu - para tomar com sua monumental obra.


segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Registro Genealogico do Sistema Ving Tsun - Uma Arte marcial Chinesa















Esse registro foi feito em pedra por Grão-Mestre Moy Yat. Sendo que o mesmo teve a preocupação de deixar para as futuras gerações o registro genealogico de nossa legado.
Abaixo passo para todos a tradução para o português do registro feito em chinês:

O Ving Tsun Kuen Sut data da era Yung Jing dos Ching. Naquela época o Monastério Budista Siu Lam fora consumido por incêndio, os cinco antigos tendo-se asilado em renomadas montanhas. Jo Si Ng Mui “assentou seu bordão” no Monastério Taoísta Bak Hok da Montanha Miu, na fronteira entre Wan e Kwai. Tendo casualmente presenciado uma serpente e um grou combatendo-se, concebeu por inspiração um novo Kuen Fat. Eis que Yim Ving Tsun estava sendo compelida por um perverso usurpador a com ele se casar e aconteceu de Ng Mui a ensinar seu recém-criado Kuen Sut. Ela se valeu dele para punir o opressore, por conseguinte, proteger-se. Em ato continuo, aficou-se a dispor o referido Kuen Sut. Segmentou-o em Siu Nim Tao, Chum Kiu, Biu Je, Moy Fah Jong, luk Dim Bun Kwan e Bat Jom Doa.

A posteridade o fez perdurar, chamando-o VING TSUN KUEN. Posteriormente, ela o transmitiu em segredo para seu marido Leung Bok Toa. Leung o transmitiu a Wong Wah Po, que o transmitiu a Leung Lan Kwai, que o retransmitiu a Leung Yi Tai. Yi Tai o transmitiu para Leung Jan. Jan sin sang o transmitiu individualmente a Fung Wah e a Chan Wah Shun.
E Chung si Ip Man recebeu por inteiro o legado de Chan, sendo o atual Jeung Mun Yan do Ving Tsun Pai.
Eu, que modestamente me inscrevo entre seus seguidores, soube de oitiva terem sido tais as sucessivas tradições da inextinguivel chama do Kuen Sut deste si mun. Dessarte, minuncio seus passos fundametais, para fazer saber aos tong mun do provir aos hau Hok, somente.

Registrou Moy Yat

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A FLOR DE AMEIXA - O SÍMBOLO DE NOSSA ARTE MARCIAL


A flor de ameixa, chamada no dialeto cantonês da lingua chinesa de “Moy Fah” possui grande significado para o povo chinês, para os praticantes de Ving Tsun e, em particular, para os membros do Clã Moy Yat.


Escolhida pelo Conselho Central de politica da Republica popular da China como a “Flor Nacional”, as cinco pétalas da flor de ameixa representam os principais grupos étnicos existentes na china: os chineses, os manchus, os mongóis, os muçulmanos e os tibetanos.


A “Moy Fah” também é o simbolo do Sistema Ving Tsun, pois é, antes de tudo, um simbolo da primavera (”tsun”, em chinês). Em algumas oportunidades, ela representa o inverno, pois florescendo no final desta estação, indica a renovação, a juventude na eminência de se manifestar.


Pelo fato de suas flores aparecerem sem folhas, a ameixeira simboliza também a pureza. Por sua vez, ela em si implica o simbolismo da árvore e da flor, sendo “yin” e Yang ao mesmo tempo; a delicadeza transparente das pétalas da flor de ameixa, constratando com os ângulos vigorosos de seus galhos, exprime a gentiliza e candura combinadas com a força e probidade. Em outras palavras, é a expressão maior da harmonia entre a beleza e a resistência.


O Clã Moy Yat ( “Moy” quer dizer “ameixeira”) adotou a famosa flor de ameixa vermelha como seu simbolo, onde seu interior está escrito o ideograma “Yat” em branco.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A ORIGEM DO NOME VING TSUN - UMA ARTE MARCIAL CHINESA




A china, país cuja extensão territorial chegou a ser comparada ao Império Romano, está hoje entre os três maiores paises do mundo. Os “Han”, considerados os chineses propriamente ditos, constituem a grande maioria da população chinesa.


No entanto, 60% do território chinês é ocupado por grupos étnicos diversos, formados por manchus, mongóis, tibetanos e outros.


O chinês é a lingua oficial do pais. embora sua escrita(caracteres ideiográficos) seja universal, a fonética varia de região para região, chegando a existir vários dialetos ininteligíveis entre si. Os dialietos mais importantes são o mandarim (o dialeto oficial), o shanghai e o cantonês.


Nosso sistema de Kung Fu foi desenvolvido na provincia de Guangdong (Kwangtung), precisamente na cidade de Foshan(Futsan), de modo que todas as nomenclaturas empregadas são provenientes do dialeto falado na região, ou seja, o cantonês. Desta forma, embora o dialeto oficial chinês seja o mandarim, o dialeto cantonês é o oficial do nosso estilo.


Não batasse estas peculiaridades, o numero variado de sistemas de transliteração(representação gráfica em alfabeto romano com base na pronúcia dos caracteres chineses) dificulta em muito a compreensão do leitor ocidental. Em 1979, o governo da Republica Popular da China instituiu o sistema de transliteração “Pinyin” como o oficial, contudo este sistema só é valido para a pronúncia no dialeto mandarim.


Ainda hoje, não existe um sistema oficial de transliteração para o cantonês, embora o mais usados sejam o Yale, o Meyer-Wempe e o Ipa.


Em 1968, o Patriarca Yip Man, o felecido líder de nosso sistema, instituiu VING TSUN como transliteração oficial de nome de nossa arte, embora muitos a conheçam sob a denominação “WING CHUN”, a transliteração mais popular.


A ORIGEM DO NOME VING TSUN


A arte Marcial Chinesa é a mais diversificada de todo o globo, onde dezenas são os estilos que variam conforme diferentes condições geográficas, politicas e culturais.


Desta forma, a origem de seus nomes é das mais interessantes, podendo estar relacionada com locais, pessoas ou animais. Alguns nomes podem ainda ter sua origem em figuras lendárias ou em alguma técnica em especial.


No caso especifico de nossa arte, o nome Ving Tsun é um tributo à fundadora do sistema, Sra. Yim Ving Tsun.


Segundo a genealogia do sistema Ving Tsun, registrado em pedra por Grão-mestre Moy Yat, a monja Ng Mui, do monastério Shaolin (Siu Lam) encontrou uma jovem chamada Yim Ving Tsun e ensinou-a Kung Fu para que ela pudesse proteger-se de um lider local que queria desposá-la à força. posteriormente, a fundadora Yim Ving Tsun estruturou esse sistema e em sua homenagem seus seguidores deram seu nome ao estilo.


Acredita-se que a primeira pessoa a utilizar a denomenação VING TSUN KUEN( a arte marcial de Ving Tsun) foi o amrido da fundadora, Leung Bok Toa.


Conta-se que o Sr. Leung era um exímio praticante de Kung Fu e , mesmo depois de casar-se nunca abandonou a pratica.


Ao observar o interesse do marido pelas Artes Marciais, Sra. Yim Ving Tsun, que ainda não havia revelado ao esposo os conhecimentos dos quais era possuidora, fazia oportunamente sutís comentários sobre o treinamento do marido. No entanto, Sr. Leung Bok Tao nunca levou a sério as opiniões da esposa, acreditando que era impossivel uma delicada mulher como ela compreender a viril arte do Kung Fu.


Um dia, a fundadora Yim Ving Tsun decidiu revelar seu segredo, contando ao marido sobre seu aprendizado com a legendaria Monja Ng Mui. Mas ele não acreditou. Assim, não sobrou outra alternativa a ela senão demonstrar sua habilidade na prática, enviando, num confronto amistoso, o esposo três vezes ao chão. Sr.Leung Bok Toa imediatamente compreendeu que estava diante de uma grande mestra desconhecida de Arte Marcial.


A fundadora Yim Ving Tsun, por sua vez, compartilhou seus conhecimentos com o esposo, que passou a denominar a arte aprendida de VING TSUN KUEN.


A ETIMOLIGIA DO NOME “VING TSUN”


Realizar uma pesquisa etimológica de uma ideograma é estudar como ele foi formado, possibilitando assim uma melhor compreensão de seu significado.


O nome de nossa arte é composto por dois ideogramas ” VING e TSUN”.


O ideograma “Ving” é composto pelo caracter “Yin” e pelo caracter “Veing”.


O primeiro significa “falar”, “cantar”, “discurso”, “palavra”; são os sons do coração emitidos pela boca. Já o caracter “Veing” representa a incessante fuidez da água que emana da terra. Significa duração, perpetuação, mas não eternidade. Graficamente é uma variante do caracter “soi” que significa “água”. Assim, emtir sons do coração de forma duradoura é a composição que forma o ideograma “Ving” que pode ser traduzido por “cantar”.


Já o ideograma “tsun” é composto pelos caracteres “chou”, “ton” e “Yat”. O primeiro significa “planta”, onde sua repetição representa a multiplicidade. O segundo representa a germinação abaixo da terra, sendo que a linha curva diz respeito ao esforço que uma jovem planta tem que realizar para desenvolver sua raiz, ela se eleva sobre a terra e é levada para a luz. o ultimo quer dizer “sol”, “dia”, que faz menção ao saber que ilumina as trevas da ignorância. Desta forma, “Tsun”, que significa “primavera”, é representado pela ideia das plantas que se multiplicam através da luta para crescerem sob os efeitos da luz.


Por intermédio da pesquisa etimológica, descobrimos que, para o chinês ” Tsun” não é apenas uma estação do ano, mas representa toda a luta que é empregada para o desenvolvimento de um ideal. Este combate, para alcançar o êxito almejado, deve ser alimentado pela sabedoria da luz, que iluminara o caminha perseguido. Esta idéia é complementada pela icessante sonoridade vinda do coração, representada por “Ving”, demonstrando que a alegria e a felicidade podem fazer parte desta luta, desde que a mesma seja dirijida pela luz do conhecimento.

Com isso o nome “Ving Tsun” seria traduzido como : CANTAR EM LOUVOR A PRIMAVERA.