Entrevista com Mestre Leo Imamura
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Nesta entrevista, Mestre Leo Imamura fala sobre a importância desses sinólogos para o entendimento das Artes Marciais e de como isso se torna importante para a preservação de um legado como o Ving Tsun (Wing Chun)
O início da sinologia se deu quando da penetração de missionários do ocidente, tal como o Padre Iakinf, o Padre Matteo Ricci, S.J., o Padre Michele Ruggieri, o PadreAdam Schall, S.J. e outros que foram à China para estudar o idioma, cultura e crenças.
Esses missionários traduziram partes dos textos clássicos chineses ao latim e a outros idiomas do ocidente e a Bíblia ao chinês. Eles também escreveram muitas cartas desde a China, as quais eram lidas com grande interesse pois naquela época a China começou a ser considerada política e economicamente interessante.
Nos séculos XVIII e XIX, outros missionários, como James Legge (1815-1897), despenderam consideráveis esforços na tentativa de convencer universidades ocidentais a adotar a sinologia como uma disciplina curricular. Aos poucos os estudiosos não religiosos se tornaram a maioria, superando os missionários. No século XX, aos poucos, a sinologia veio adquirir força e se tornar em uma presença notável nas universidades do mundo ocidental.
Pode-se dizer que a sinologia organizou-se em escolas distintas, vinculadas aos seus países de origem ou língua. A corrente anglófona teve entre seus grandes expoentes o já citado James Legge, Arthur Walley (tradutor), Joseph Needham (História das Ciências), Michael Loewe (História da China Antiga), William Watson(Arqueologia) além dos atuais William T. De Bary (tradutor e ensaísta), Burton Watson (tradutor) e Jonathan Spence (China Moderna). Embora não de modo absoluto, a principal característica desta corrente consiste na abordagem econômica da história, separada da tentativa literária de tradução dos clássicos (com exceção de Needham).
Entre os franceses, destacaram-se Henri Cordier (Historiador), Seraphin Couvreur (tradutor), Henri Maspero (historiador das religiões chinesas), Marcel Granet(introdutor do método sociológico na sinologia moderna, antecedendo em décadas as modernidades da Escola dos Analles), e os atuais Jacques Gernet (historiador),Anne Cheng (historiadora do pensamento chinês) e François Jullien (sinólogo e intérprete do pensamento chinês para o Ocidente). Os franceses preferiram uma abordagem mais culturalista e filosófica, sendo - nas palavras de Lin Yutang - os que melhor se aproximaram do pensamento chinês.